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terça-feira, 30 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Brasília comemora Dia Nacional dos Ciganos no circo
O Dia Nacional do Cigano, comemorado em todo o país no dia 24 de maio, dia de Santa Sara Kali padroeira dos ciganos, teve ontem em Brasília, uma programação especial voltada para o segmento da capital federal e toda a região do Entorno. As comemorações, que contaram com a participação de mais 20 representantes de comunidades ciganas de outros estados, começaram pela manhã, quando as lideranças ciganas foram recebidas para uma audiência pública no Senado Federal sobre Direitos e Cidadania Cigana.
No período do tarde, a partir das 14 horas, eles participaram no Circo Unicirco Marcos Frota, no Complexo Cultural da República, de uma oficina sobre o Prêmio Culturas Ciganas 2010. A oficina foi ministrada pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC), responsável pela realização do concurso, cujas inscrições ficarão abertas até o dia 12 de julho de 2010. O Edital premiará 30 iniciativas envolvendo trabalhos, individuais ou coletivos, que fortaleçam as expressões culturais ciganas e contribuam para a continuidade e manutenção das identidades dos diferentes clãs e povos presentes no Brasil.
Depois da oficina, no mesmo local, como parte da programação do Unicirco, foi realizado o espetáculo Brasil Cigano que contou com a apresentação de três grupos de dança cigana. O primeiro grupo era formado por senhoras idosas, que fazem dança cigana no SESC-Brasília; o segundo por ciganas da comunidade Calon de Brasília; e a terceira apresentação, homenageando o Dia do Cigano, foi feita pelos próprios bailarinos do Unicirco antes do número de trapézio.
“Essa homenagem é muito importante porque o povo cigano faz parte da construção da história desse país”, afirmou o secretário substituto da SID, Ricardo Lima que representou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, na cerimônia. Já Marcos Frota disse que o espetáculo celebrava também a luta do povo cigano contra o preconceito. “A discussão da cultura cigana possibilita a consciência de cidadania. Precisamos que todos os segmentos da sociedade se mobilizem para a valorização da cultura cigana, que é milenar e está cada vez mais forte” Frota lembrou que a arte circense deve muito aos ciganos que fundaram os primeiros circos na Europa.
O subsecretario nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Perly Cipriano, acrescentou afirmando que a SDH aproveitou a ocasião para levar ao conhecimento, do povo cigano programas sociais como o Bolsa Família e o Registro Civil de Nascimento. Perly citou ainda na cerimônia o lema cigano que diz: “O céu é meu teto, a terra é minha pátria e a liberdade minha religião”.
Os Calons do DF
A maioria dos ciganos presentes na cerimônia, cerca de 200, era formada por membros do Klã Calon que costuma acampar no Entorno do Distrito Federal. A comunidade é constituída de aproximadamente de 2.500 pessoas, de acordo com informações do presidente da Associação dos Ciganos Calon de Brasília e Entorno (ACC-DF), Elias Alves da Costa. Segundo ele, os Calons começaram a vir para o Distrito Federal na década de 70. “Ainda temos uma vida muito difícil, porque somos discriminados por sermos ciganos”, conta ele.
Ainda de acordo com Costa, a comunidade sobrevive da confecção, pelas mulheres, de roupas e panos de pratos. “Mas fazemos questão de manter a nossa cultura e os nossos costumes”, afirma o presidente da ACC-DF, que nasceu em uma barraca e criou todos os filhos nos acampamentos. “Nós fazemos questão de ensinar a nossa dança e o respeito aos mais velhos às nossas crianças”, ressalta ele. Segundo Costa um ponto forte da comunidade cigana é a união. “Sempre damos a mão ao outro quando ele precisa”, garante.
A Homenagem ao Dia Nacional do Cigano em Brasília foi realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da identidade e da Diversidade Cultural, pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pela Coordenação para Assuntos de Igualdade Racial da Secretaria da Justiça do Governo do Distrito Federal e pela Universidade Livre do Circo (Unicirco).
(BRASÍLIA/27/05/2010).
Veja mais informações sobre o Edital e confira os locais e data das próximas oficinas na página da SID/MinC www.cultura.gov.br/diversidade ou pelo endereço eletrônicopremioculturacigana2010@cultura.gov.br.
Confira o Edital.
Acesse a Cartilha.
(Heli Espíndola-Comunicação/SID)
Autor: Karina Miranda
Categoria: Culturas Ciganas, Diversidade Cultural, Identidade e Diversidade, Notícias, Notícias da SID, Políticas, Programas e Ações, Povos e Comunidades Tradicionais
Tags: Dia Nacional do Cigano, SID/MinC
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
LETRA DA MÚSICA "GITAN"...
GItan,
je revais enfant
de vivre libre comme un gitan
Je voyais des plages
de sable noir
ou couraient des chevaux sauvages
Et je dessinais dans mes cahiers
les sentiers secrets
Des montagnes d'Espagne
Gitan,
quand plus tard
j'apprenais mes premiers accords de guitare
sur les routes je partais sans bagages
en revant d'autres paysages
Ou je suivais les gens du voyages
dans leurs caravanes
au son des violons tziganes
(refrain)
Vivre ma vie comme un gitan
avoir la musique dans le sang
et pour l' amour n'avoir dans la peau
qu'une seule femme a la fois,
Vivre ma vie comme un gitan,
vivre ma vie comme je l'entends
avoir la liberté pour drapeau
sans foi ni loi pour credo
Gitan
je le suis et le resterais
le temps de mon vivant
Mes guitares sont d'Amérique
Et mes paysages
de grands espaces blancs
ou je roule dans ma caravane
En éternel exil
Dans la jungle des villes
(refrain)
Laï - Laï -Laï -Laï
Vivre ma vie comme un gitan
avoir la musique dans le sang
et pour l' amour n'avoir dans la peau
qu'une seule femme a la fois,
Laï - Laï -Laï -Laï
Vivre ma vie comme un gitan,
Gagner ma vie de l'air du temps
avoir la liberté pour drapeau
sans foi ni loi pour credo
Laï - Laï -Laï -Laï
Vivre ma vie comme un gitan
Gitan (tradução)
Cigano,
Criança, eu sonhava em viver livre como um cigano.
Via praias de areia preta onde corriam cavalos selvagens
E desenhava nos meus cadernos
os caminhos secretos das montanhas da Espanha.
Cigano,
Quando mais tarde eu aprendia os meus primeiros acordes no violão,
E nas estradas eu partia sem bagagem,
sonhando com outras paisagens,
Onde ia seguindo o povo viajante nas suas caravanas,
ao som dos violinos ciganos
(refrão)
Viver minha vida como um cigano ...
Ter a música no sangue,
e para o amor tendo na pele,
uma só mulher de cada vez...
Viver minha vida como um cigano,
viver minha vida como a quero...
Ter a liberdade como bandeira,
sem lei ou fé, como credo...
Cigano,
Eu sou e ficarei enquanto eu viver!
No meu violão o som da América,
e minhas paisagens de grandes espaços brancos,
Que percorro na minha caravana
em eterno exílio, na selva das cidades
(refrão)
Viver minha vida como um cigano...
Ter a música no sangue,
e para o amor ter na pele, uma única mulher de cada vez...
Ganhar minha vida sem preocupação ,
Ter a liberdade por bandeira, sem lei ou fé como credo...
(MÚSICA CANTADA POR GAROU,CANTOR DE ORIGEM CANADENSE)
(FOTOGRAFIA DE UMA FESTA CIGANA,ONDE APARECE ,ATRÁS DA FOGUEIRA,O CANTOR CIGANO ( brasileiro) JOÃO VÍTOR).
sábado, 13 de novembro de 2010
ABISMOS...
Escrevo dentro da noite.
Estou só.
Lá fora há mais trevas do que estrelas,
como há cavernas escuras dentro de nós,
onde nunca penetramos,
talvez com medo de saber verdades.
Que imenso oceano!
Que abismos profundos!
Quanta mágoa escondida...
Quantos sonhos pisados
como flores esmagadas
pelos pés afoitos e egoístas
daqueles que passam
sem nos ver...
Quanto tempo perdido
A lamentar mais tarde!
Que mistério insondável
é o ser humano...
Somos, quem sabe,
como espelhos quebrados...
Em mil pedaços esparsos,
os sentimentos partidos,
estilhaçados... enterrados
bem fundo, no coração!
E a cada respiração
que nos traz vida
sentimos doer velhas feridas,
numa dor funda,
ardida,
sem consolação!
Somos como os mares, volúveis...
Ao sabor dos ventos ou das nuvens,
das marés variáveis, de correntes
profundas...
De abismos desconhecidos
mas que atraem...
Com suas canções estranhas
de sereias!
(CEZARINA MACEDO CARUSO-2003).